"Meu nome é Raquel Heckert. Eu sempre fui apaixonada pelo mar, porque meu pai sempre me levou à praia desde pequenina, fazendo chuva ou sol. E fazia questão de me ensinar tudo que ele sabia a respeito. Caiaques, bóias, pranchas de body board, tudo e mais um pouco era levado dentro de um reboque a caminho do Canal de Itaipu, local onde posteriormente aprendi a surfar. Por tanta influência, cresci amando a água salgada, e brincando de pegar umas marolinhas de body board. Mas me recordo de um final de semana, nublado, em Rio das Ostras, que tudo mudou. Lembro de estar ao lado do meu pai, observando atentamente uns surfistas pegarem onda, e acabei passando um bom tempo analisando como aquelas pessoas faziam para se equilibrar em cima de uma prancha, e deslizar sobre as ondas sem cair. Queria saber como aquilo era feito e ao mesmo tempo cogitava que se eles podiam ficar em pé, eu também conseguiria. Assim, após este surto de curiosidade, eu pedi para meu pai uma prancha de dia das crianças.
Dias depois, ganhei uma prancha amarela bacalhau, reta que nem tábua que custou 120 reais, com capa, parafina e strap. Ao ver a pranchinha, senti uma felicidade muito grande. Esse foi o "toco" que mudou o rumo da minha vida. Hahah Depois de levar a prancha para fazer uns reparos, me indicaram uma escolinha, conhecida como Niterói surfe, lá tive aula com Dodô de Melo e Luis Kid, pessoas muito maneiras. No meu primeiro dia de aula, não fiquei em pé de primeira, demorei umas 3, 4 ondas e ainda dei um chute sem querer na cara do professor. Contudo, depois daquela aula, o surfe passou a ser o meu esporte preferido. Fiquei realmente fascinada. Todas as minhas decis/ões, meu estilo de roupa, decoração do meu quarto, meu tempo livre e prioridades -após tirar boa nota na escola- era o surfe. Hahah"
Fala meninas!
Pra quem não conhecia essa aí de cima é a Raquel, tube rider de Itacoatiara! Sempre que pode ela viaja por aí em busca dos tubos e das ondas mais perfeitas. A Raquel faz parte do nosso time!
Fizemos algumas perguntas pra ela, vem dar aquele check:
1- Quando começou a sua relação com o surfe?
R: "Minha relação com o surfe começou aos 13 anos."
2- Você pode contar um pouco pra gente sobre a sua rotina?
R: "O surfe é atividade que mais me dedico desde que aprendi a surfar, já joguei futebol, treinei jiu jtsu, mas nada se compara a sensação de estar no mar. Eu rodo tudo a procura de ondas, mesmo que tenha de pegar 5, 6 conduções para chegar no lugar se tiver onda boa eu vou, não importa os obstáculos. Sinto que a vontade de surfar é mais forte do que eu, ainda bem que não moro em uma Indonésia da vida se não ficaria desnutrida e sem família. Não sairia da água por nada. ahahahha A secura é tanta que gasto todas minhas energias durante o dia que não encontro possibilidade de fazer noitadas, não faz meu estilo. Sou totalmente do mar e da natureza. Amo viajar e aprender coisas novas. A pouco tempo estive no sul treinando no Aragua, um centro de treinamento para Atletas e também fui fazer tow in na laje de Jaguaruna, foi um treino muito especial. Tenho certeza que um dia poderei surfar sem me preocupar com os patrocínios.
Em relação aos treinos perto de casa geralmente faço musculação, ando de skate, nado e sempre que não estou procurando patrocínio e resolvendo minhas tarefas do dia a dia, estou no mar surfando.
A pouco tempo estava na faculdade cursando Jornalismo e trabalhando voluntariamente na área de comunicação da minha igreja."
3-Como você se sente às vezes sendo a única menina dentro da água?
R: "Eu sinto que os homens puxam meus limites, me estimulam a ir além, penso que se eles podem entrar em tal mar, porque eu não posso? Se eles remam com tanta força, porque eu não consigo também? Mesma coisa com as manobras. Me esforço para ter a remada tão forte quanto eles, e ter o desempenho que geralmente um homem.
Mesmo sabendo que não posso igualar a minha força de mulher com a de um homem, eu uso esse desafio de disputar ondas como eles como um incentivo para evoluir, e melhorar minhas técnicas."
4- E as surftrips? Já fez alguma? Pode contar um pouco sobre a sua experiência?
2- Você pode contar um pouco pra gente sobre a sua rotina?
R: "O surfe é atividade que mais me dedico desde que aprendi a surfar, já joguei futebol, treinei jiu jtsu, mas nada se compara a sensação de estar no mar. Eu rodo tudo a procura de ondas, mesmo que tenha de pegar 5, 6 conduções para chegar no lugar se tiver onda boa eu vou, não importa os obstáculos. Sinto que a vontade de surfar é mais forte do que eu, ainda bem que não moro em uma Indonésia da vida se não ficaria desnutrida e sem família. Não sairia da água por nada. ahahahha A secura é tanta que gasto todas minhas energias durante o dia que não encontro possibilidade de fazer noitadas, não faz meu estilo. Sou totalmente do mar e da natureza. Amo viajar e aprender coisas novas. A pouco tempo estive no sul treinando no Aragua, um centro de treinamento para Atletas e também fui fazer tow in na laje de Jaguaruna, foi um treino muito especial. Tenho certeza que um dia poderei surfar sem me preocupar com os patrocínios.
Em relação aos treinos perto de casa geralmente faço musculação, ando de skate, nado e sempre que não estou procurando patrocínio e resolvendo minhas tarefas do dia a dia, estou no mar surfando.
A pouco tempo estava na faculdade cursando Jornalismo e trabalhando voluntariamente na área de comunicação da minha igreja."
3-Como você se sente às vezes sendo a única menina dentro da água?
R: "Eu sinto que os homens puxam meus limites, me estimulam a ir além, penso que se eles podem entrar em tal mar, porque eu não posso? Se eles remam com tanta força, porque eu não consigo também? Mesma coisa com as manobras. Me esforço para ter a remada tão forte quanto eles, e ter o desempenho que geralmente um homem.
Mesmo sabendo que não posso igualar a minha força de mulher com a de um homem, eu uso esse desafio de disputar ondas como eles como um incentivo para evoluir, e melhorar minhas técnicas."
4- E as surftrips? Já fez alguma? Pode contar um pouco sobre a sua experiência?
R: "Viajei duas vezes pro México, duas para o Peru, uma pra Indonésia, duas para Noronha e outras para Porto de Galinhas, Florianópolis, Ubatuba, Maresias, para treinar e uma vez ou outra competir. Não curto muito competição, o que mais amo é surfar tubos, acho que o tipo de onda que mais me desafia, que sempre me faz querer ir além e me surpreender;"
A Raquel aproveitou e contou uma de suas maiores aventuras em sua primeira viagem internacional para o México:
Agora ela está passando uma temporada no Hawaii! Jajá contamos como anda a vida da Raquel por lá!
A Raquel aproveitou e contou uma de suas maiores aventuras em sua primeira viagem internacional para o México:
"Após passar dias surfando no pico de Zicatela, entrei em um mar de 15 à 20 pés. Não peguei onda nesse swell grande, por estar com uma prancha pequena, inapropriada para aquelas condições, eu poderia ter morrido se tivesse me atirado naquelas ondas. O ambiente estava um pouco sério lá naquele dia, quando cheguei, não via as pessoas rindo, batendo papo. Lembro de sentir ondulações enormes passando por mim, as pessoas remando com tudo e depois desaparecendo no drop, e da Silvia Nabuco ter gritado: " Raquel, o que está fazendo aqui dentro? Sua big rider! Tá doida, menina?? " Nesse dia, a Silvia, surfista de ondas grandes tomou uma série na cabeça, que a deixou pelo menos duas ondas seguidas sem subir a superfície para respirar. Recordo-me de ver a maioria com colete, gunzeiras, e eu com um simples maiôzinho colorido, remando numa Hot stick fininha, 6'7, que eu tinha ganhado de um coroa super gente boa na viagem, um amigo do Alexandre Herdy. Um cara no mar me disse, que nem se eu remasse muito eu conseguiria fazer uma onda com aquela prancha, ai já fui desanimando em relação a dropar uma onda. E graças a Deus, e depois a ajuda de Pedro Mangas consegui sair do mar ilesa, no momento certo. Assim que encostei o pé na areia e olhei para trás quebrou uma bomba gigante na bancada, hahaha foi um alívio ver que eu saí sã e salva! Agradeci muito. Escutei só "pouquinho" da galera da pousada, Hahaha no entanto foi uma experiência incrível. "
Agora ela está passando uma temporada no Hawaii! Jajá contamos como anda a vida da Raquel por lá!